Ninguém vai à fonte
Nem Helena ou Joana,
Maria ou Susana,
Perdido no monte
Choro e peço mais
Mais força que imana
Foguetes na ponte
De artifício reais
E a Suíça é tão longe
Fiquei sem ninguém
Sem eu sem meus pais
Resta-me ser monge
Depois fazer bem
O que sempre fiz
O horizonte além
E eu aqui feliz
E eu aqui feliz
Com dores também
Sofro do nariz
Ninguém está aí
Ninguém que importe
Toda a gente diz
Escreve tem sorte
Escreve de ti
Ai, pára, desdiz
Ai, foge da morte
Ai ai ai ai ai
Gosto do meu pai
E da minha mãe
O cantor é parvo
Ou não tenho norte
Ou, i’m just happy
Ou, i’m just happy
E a tormenta volta
Corro pela noite
Estrada deserta
Vento é um açoite
Curvo numa recta
Autocarro azul
Crianças são loucas
Das casas da Epul
As secas são poucas
Eu sou só um parvo
Eu sou só um parvo
But i’m just happy
But i’m just happy
Isto e muito mais
Que por não saber
Não digo aos jornais
Se me engana Helena
Se Joana ou Maria
Uma me envenena
Outras têm punhais
Ainda i’m just happy
Ou eu sou um parvo
Por ser tão happy
Elas são iguais
Quem me mente não
Me engana, pois não?
Se isto é o fim
Pois então que seja!
18-09-1997
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