Quando te vejo na calçada
nesse teu andar imperfeito
afunila-se o horizonte
manto negro cobre o meu sangue
Tens um sorriso natural
de quem povoa os sonhos bons
mas quando fito o teu olhar
manto negro na minha mente
Pára o tempo e o ar rarefeito
somos imagens em fluidez
câmara lenta vibrante
manto negro tecido da alma
Volta a pulsar o coração
vai triste por não se perder
por não florir no teu olhar
manto negro cobre o meu sangue.
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