Depois do afluxo de sangue vem...
Depois da saliva secar vem...
Depois do vento passar vem...
Depois do esquecimento vem...
Depois do golpe louco vem...
Depois do seguir em frente vem...
Depois do grito, do gesto, vem...
Vem, vem, vem, vem...
Antes do sossego vem...
Antes do recomeço vem...
Antes da nova porta vem...
Antes da aceitação vem...
Antes do perdão vem...
Antes do descanso vem...
Vem, vem, vem, vem...
O bafo ácido derrubou pinhais inteiros, lá no norte do vento, gelado o gel da vertigem dos pensamentos irracionais. Ele é forte, é forte, é de matriz granítica casada, em união de facto, com o basalto da loucura. Num ápice. Numa batida do coração. Num grão de areia entre a lente e a íris tudo se desmorona.
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