Is you, not me, greatfull tree
Whom is still and aí parada.
Your view beutifull can be,
If you grow up, stop charada.
I’m wild
I’m wind
I’m not tree
A desventura só pode be
Se ser não é parecer
Stop charada
Stop charada
I’m not tree
I’m not tree
I’m not tree
I’m not tree
I’m not tree
Let me be
Go away por aí.
12-09-1997
Vi tudo o que se faz debaixo do Sol e achei que tudo é ilusão e correr atrás do vento. Ecl 1, 14
quinta-feira, 31 de dezembro de 2009
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Locked
A croud is locked inside of me,
Every person that i can be,
Many people, may people,
Over there and over aqui.
People minha que desconheço
Gente ou máscara, eu sei lá.
Estremeço locked in myself,
A crowde with me cá dentro,
Cá dentro e cá fora people
Nada de mim conhece.
Strange crowde, strange me,
Quero ser o que vi.
02 e 04-06-1997
Every person that i can be,
Many people, may people,
Over there and over aqui.
People minha que desconheço
Gente ou máscara, eu sei lá.
Estremeço locked in myself,
A crowde with me cá dentro,
Cá dentro e cá fora people
Nada de mim conhece.
Strange crowde, strange me,
Quero ser o que vi.
02 e 04-06-1997
sábado, 26 de dezembro de 2009
This is the end, my only friend, the end
Ninguém vai à fonte
Nem Helena ou Joana,
Maria ou Susana,
Perdido no monte
Choro e peço mais
Mais força que imana
Foguetes na ponte
De artifício reais
E a Suíça é tão longe
Fiquei sem ninguém
Sem eu sem meus pais
Resta-me ser monge
Depois fazer bem
O que sempre fiz
O horizonte além
E eu aqui feliz
E eu aqui feliz
Com dores também
Sofro do nariz
Ninguém está aí
Ninguém que importe
Toda a gente diz
Escreve tem sorte
Escreve de ti
Ai, pára, desdiz
Ai, foge da morte
Ai ai ai ai ai
Gosto do meu pai
E da minha mãe
O cantor é parvo
Ou não tenho norte
Ou, i’m just happy
Ou, i’m just happy
E a tormenta volta
Corro pela noite
Estrada deserta
Vento é um açoite
Curvo numa recta
Autocarro azul
Crianças são loucas
Das casas da Epul
As secas são poucas
Eu sou só um parvo
Eu sou só um parvo
But i’m just happy
But i’m just happy
Isto e muito mais
Que por não saber
Não digo aos jornais
Se me engana Helena
Se Joana ou Maria
Uma me envenena
Outras têm punhais
Ainda i’m just happy
Ou eu sou um parvo
Por ser tão happy
Elas são iguais
Quem me mente não
Me engana, pois não?
Se isto é o fim
Pois então que seja!
18-09-1997
Nem Helena ou Joana,
Maria ou Susana,
Perdido no monte
Choro e peço mais
Mais força que imana
Foguetes na ponte
De artifício reais
E a Suíça é tão longe
Fiquei sem ninguém
Sem eu sem meus pais
Resta-me ser monge
Depois fazer bem
O que sempre fiz
O horizonte além
E eu aqui feliz
E eu aqui feliz
Com dores também
Sofro do nariz
Ninguém está aí
Ninguém que importe
Toda a gente diz
Escreve tem sorte
Escreve de ti
Ai, pára, desdiz
Ai, foge da morte
Ai ai ai ai ai
Gosto do meu pai
E da minha mãe
O cantor é parvo
Ou não tenho norte
Ou, i’m just happy
Ou, i’m just happy
E a tormenta volta
Corro pela noite
Estrada deserta
Vento é um açoite
Curvo numa recta
Autocarro azul
Crianças são loucas
Das casas da Epul
As secas são poucas
Eu sou só um parvo
Eu sou só um parvo
But i’m just happy
But i’m just happy
Isto e muito mais
Que por não saber
Não digo aos jornais
Se me engana Helena
Se Joana ou Maria
Uma me envenena
Outras têm punhais
Ainda i’m just happy
Ou eu sou um parvo
Por ser tão happy
Elas são iguais
Quem me mente não
Me engana, pois não?
Se isto é o fim
Pois então que seja!
18-09-1997
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
pulsar
pulsar
oscilação metafísica entre eu e tu
pulsar
sssssssssserpentear latejante
pulsar
latejar
a vida é uma sucessão de latejos
picos altos baixos picos
ou meros lampejos do pulsar transcendente
felizes sorrisos ricos
pulsar
assimetria
entre a noite e o dia
excepto a certa monotonia
tudo me range crepita e arrrrrrepia
substrato ululante imperceptível
imensa força invisível
além terrível
eco nível
pulsar
assimetria
entre a noite e o dia
excepto a certa monotonia
tudo me range crepita e arrrrrrepia
substrato ululante imperceptível
imensa força invisível
além terrível
eco nível
pulsar
pulsar
pulsar
pulsar
bolsar
gotejar
latejar
pulsar
pulsar
pulsar
pulsar
pulsar
bolsar
gotejar
latejar
pulsar
pulsar
pulsar
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
secreto tesouro
tenho um tesouro secreto bem guardado num lugar só meu
tenho um tesouro secreto guardado numa caixa de veludo e marfim
é lindo meu tesouro
é lindo e precioso
contemplá-lo faz-me bem faz-me querer ser bom ser melhor ser digno de tanta beleza
tenho um tesouro secreto é um amor clandestino
tantas vezes num grupo me sinto só com ele nunca estou sozinho
tenho um amor secreto quando penso nele não me sinto só
trago-o comigo
ele me faz bem
já nada para mim é castigo pois em ti me apoio
só te digo aquilo que nem sei
tenho um secreto amor precioso para mim é
é forte me interpele me desassossega
é um amante apaixonado que atira pedras à minha janela de madrugada
olha-me nos olhos vai fundo no meu coração
tenho um amor secreto é uma bailarina que dança para mim
rodopia em pontas salta e caminha tão suave como a brisa fresca das manhãs de Setembro
mal toca no chão
me fascina me atrai me seduz com sua elegância e beleza
este amor é um tesouro que guardo no lugar mais caro mais querido que tenho
se corresse o risco de o perder venderia todo o meu ferro-velho para o guardar
correria atrás do vento subiria à montanha mais alta caminharia à nação mais distante
sou muito zeloso do meu tesouro subo ao sótão lá me tranco e procuro ser um com ele
quero me revestir do seu ouro logo por baixo da pele
quero tê-lo em cada menina do olho lá brilhando me colorindo o Universo
quero que os meus ossos sejam do seu marfim
tenho um tesouro secreto
shiu é um bebé dormindo nos meus braços
shiu é a paz de um claustro
shiu não falem escutem é o apito de um barco lá longe
é uma palavra importante sussurrada na noite
shiu silêncio
tenho um tesouro secreto caminho na multidão não consigo ser discreto só não vê quem não olha tenho-o exposto no coração
tenho um tesouro secreto guardado numa caixa de veludo e marfim
é lindo meu tesouro
é lindo e precioso
contemplá-lo faz-me bem faz-me querer ser bom ser melhor ser digno de tanta beleza
tenho um tesouro secreto é um amor clandestino
tantas vezes num grupo me sinto só com ele nunca estou sozinho
tenho um amor secreto quando penso nele não me sinto só
trago-o comigo
ele me faz bem
já nada para mim é castigo pois em ti me apoio
só te digo aquilo que nem sei
tenho um secreto amor precioso para mim é
é forte me interpele me desassossega
é um amante apaixonado que atira pedras à minha janela de madrugada
olha-me nos olhos vai fundo no meu coração
tenho um amor secreto é uma bailarina que dança para mim
rodopia em pontas salta e caminha tão suave como a brisa fresca das manhãs de Setembro
mal toca no chão
me fascina me atrai me seduz com sua elegância e beleza
este amor é um tesouro que guardo no lugar mais caro mais querido que tenho
se corresse o risco de o perder venderia todo o meu ferro-velho para o guardar
correria atrás do vento subiria à montanha mais alta caminharia à nação mais distante
sou muito zeloso do meu tesouro subo ao sótão lá me tranco e procuro ser um com ele
quero me revestir do seu ouro logo por baixo da pele
quero tê-lo em cada menina do olho lá brilhando me colorindo o Universo
quero que os meus ossos sejam do seu marfim
tenho um tesouro secreto
shiu é um bebé dormindo nos meus braços
shiu é a paz de um claustro
shiu não falem escutem é o apito de um barco lá longe
é uma palavra importante sussurrada na noite
shiu silêncio
tenho um tesouro secreto caminho na multidão não consigo ser discreto só não vê quem não olha tenho-o exposto no coração
sábado, 12 de dezembro de 2009
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
a areia grossa pica-me nos pés
algo talvez o sol pica-me na pele
ai esta secura ai esta aridez
o horizonte tremeluz em si fiel
a brisa ardente seca-me o suor
luz tanto encandeamento
o corpo dói-me com outro vigor
se me sinto só na mente
estou aqui estou aqui estou aqui estou aqui
procuro busco-te
anelo oscilante por falta de equilíbrio
sem te ver osculo-te
aqui me tens pobre em ti ébrio
caio de joelhos e mãos no chão
sob o peso da minha fraqueza
na boca sangue areia salivam
eu todo ciente e tudo em mim reza
algo talvez o sol pica-me na pele
ai esta secura ai esta aridez
o horizonte tremeluz em si fiel
a brisa ardente seca-me o suor
luz tanto encandeamento
o corpo dói-me com outro vigor
se me sinto só na mente
estou aqui estou aqui estou aqui estou aqui
procuro busco-te
anelo oscilante por falta de equilíbrio
sem te ver osculo-te
aqui me tens pobre em ti ébrio
caio de joelhos e mãos no chão
sob o peso da minha fraqueza
na boca sangue areia salivam
eu todo ciente e tudo em mim reza
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
sou chamado
sou chamado a ser uma planta silvestre
tenra frágil cheia de força
sou chamado a ser discípulo e não mestre
sou chamado à gruta do poço da minha cisterna
bem fundo bem só trono único
sou chamado à solidão duma relação eterna
tenra frágil cheia de força
sou chamado a ser discípulo e não mestre
sou chamado à gruta do poço da minha cisterna
bem fundo bem só trono único
sou chamado à solidão duma relação eterna
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
não posso ser dono do desconhecido
não
não posso
aquele homem lutou
trabalhou
afadigou-se em mil e uma empresas
queria isto
queria aquilo
aquele homem corria atrás de um sonho
e o que aquele homem queria
ser dono do impossível
pensa bem homem apressado
vê lá bem no fundo da tua existência o que buscas
será o princípio da cadeia
causa e efeito
sobes uma escada em busca de uma única coisa
pergunto-te
o que é a felicidade
o que é o sucesso
o que é o amor
o que é a tristeza que sentes quando alguém faz-te mal
sentes tédio e frustração quando
comes para quê
bebes para quê
fazes amor para quê
queres o bem-estar para quê
o sorriso do teu bebé diz-te o quê
onde tens os teus alicerces
onde pões a tua segurança
homem não podes ser dono do desconhecido
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Manto Negro
Quando te vejo na calçada
nesse teu andar imperfeito
afunila-se o horizonte
manto negro cobre o meu sangue
Tens um sorriso natural
de quem povoa os sonhos bons
mas quando fito o teu olhar
manto negro na minha mente
Pára o tempo e o ar rarefeito
somos imagens em fluidez
câmara lenta vibrante
manto negro tecido da alma
Volta a pulsar o coração
vai triste por não se perder
por não florir no teu olhar
manto negro cobre o meu sangue.
domingo, 15 de novembro de 2009
A ressaca
Depois do afluxo de sangue vem...
Depois da saliva secar vem...
Depois do vento passar vem...
Depois do esquecimento vem...
Depois do golpe louco vem...
Depois do seguir em frente vem...
Depois do grito, do gesto, vem...
Vem, vem, vem, vem...
Antes do sossego vem...
Antes do recomeço vem...
Antes da nova porta vem...
Antes da aceitação vem...
Antes do perdão vem...
Antes do descanso vem...
Vem, vem, vem, vem...
O bafo ácido derrubou pinhais inteiros, lá no norte do vento, gelado o gel da vertigem dos pensamentos irracionais. Ele é forte, é forte, é de matriz granítica casada, em união de facto, com o basalto da loucura. Num ápice. Numa batida do coração. Num grão de areia entre a lente e a íris tudo se desmorona.
sábado, 14 de novembro de 2009
quinta-feira, 12 de novembro de 2009
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Certo dia numa gare
A ocidente do meu lar
Senti-me só e intenso,
Integrado e propenso
A este melancólico olhar.
Sentado num banco corrido
Ali estou eu inteiro, contido,
Atento, discreto, olhando
Quem vai e vem passando.
Que diversidade, que colorido!
Gente que vem, gente que vai,
Gente que entra, gente que sai,
Pergunto-me que histórias trazem
O que na vida elas fazem.
Serás casada ou mãe? E tu pai?
Local de passagem é mesmo assim:
Deserto, triste, isto para mim.
Procuro, anseio, por raízes,
Relações, olhares, felizes
Que tragam conforto no fim.
Conheço para onde vou,
O prédio que alguém desenhou.
Sinto saudades de ti que passas,
De ti e de ti o que quer que faças,
Minha alma se agarrou.
Tanta história desconhecida
Que passa por mim distraída,
Corres para o autocarro suburbano
E fazes isto todo o ano.
Quero sair e seguir a tua vida.
Nesse dia senti-me fantasma,
Só, intenso, mero plasma.
Perto de casa estava
Neles nela me achava
Nela eles eram asma.
Minha casa eras tu e tu e tu,
Leva-me sinto-me nu,
Proteges-me deste vazio,
Prometes-me calor no frio
E desvendar esse tabu.
Nesse dia de volta ao lar,
À casa não estava a chegar.
Cada pessoa que por mim passou,
Um pouco desse sítio de mim levou,
Levou para nunca mais voltar.
sábado, 31 de outubro de 2009
Mais
Senhor, bem fraca é a minha resposta ao Teu amor.
Assim me lamento.
Quero sentir-me em paz,
mas como é isso possível
se Tu pedes mais,
sempre mais de mim?
Eu nada posso.
Sou um verme
distraído
sem utilidade.
Como poderei viver em paz Contigo?
Como?
Sem estar sempre sofrendo
por saber que devia dar-me mais,
confiar mais,
abandonar-me mais,
morrer mais,
rezar mais,
amar-Te mais.
Como, meu Deus?
Sinto que não faço o suficiente.
Ainda sou cego.
Ainda sou coxo.
Ainda vivo possuído pelo pecado.
Não vejo em mim nada merecedor de salvação.
No entanto Tu amas-me.
Tu és Amor
e por isso achas-me digno de salvação.
Mesmo que eu nada faça para o merecer,
excepto apelar à Tua Misericórdia.
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Dissonante II
Não me sinto bem na minha pele,
parece-me ter um segunda...
desajustada.
Quero me evadir
e refugiar-me no olhar de quem me vê.
Dissonante I
Brisa azul do céu.
Sou um inverno ao Sol.
Quanto mais perto desejo
mais dissonante
sombra à sombra sou.
Querer ser som vibrante,
semelhante ao que rodeia,
tonalidade pendant
e não esta coisa vã
que não chega à beira.
Opaco lamento
lento luto por vir,
carrega a dissonância
e a distância entre iguais.
Seus olhares são punhais
que reluzem à beira tarde
nas calçadas de Agosto.
E eu no meu posto
sou peça de outra máquina.
Quero, desejo,
rejeito, desvio o olhar.
E ecoam as embarcações
em vibrações sem par.
As quilhas rasgam a mente
diferente da pele morena,
dissonante tenho pele
de ela não ser a musa
do meu respirar vital.
Poema nela sem igual,
verso quente de mar
num lento conversar
para sempre consonante.
sábado, 24 de outubro de 2009
Leve, abraço do vento
No alto, no abraço do vento,
subo com aos pés o mundo.
Somos um neste momento
leve, lá no céu profundo.
Pairo com a alma insuflada,
leve, leve sob os montes.
O ar é puro, a luz parada,
ambos minhas vitais fontes.
Sou tocado pelo Tudo
mero eu meio grão de pó,
semelhante abafo mudo,
farrapo de um capindó.
E Nele vejo quem sou.
Só Nele realmente existo.
Nele o meu gelo brilhou.
Nele vivo mais do que isto.
Só Nele a lama é diamante,
o suor medalha de glória,
o fogo rio refrescante
e a queda raiz da vitória.
Pairo leve por segundos,
eternos, leve união.
Sou visita doutros mundos,
leve, leve, com perdão.
Depois regresso, ao cascalho,
que rebola monte abaixo,
à urze, esteva, ao galho
e à peças que nunca encaixo.
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
Sete horas
Sete horas da tarde deste Inverno,
sete são só as lojas que fecham,
sete tantos doutores vestem terno,
sete amores passam e me deixam.
Está escuro na luz amarela,
a vida vem da caixa do dinheiro,
a calmaria já desce esta viela
que antes foi das formigas um carreiro.
Por detrás desse prédio, nada sei.
Por detrás de um escuro vidro quente,
escuro quente vidro, nada olhei,
um quente escuro vidro que me mente.
Quem acaba o trabalho agora sai,
quem na rua passa dele agora vem.
Quem no prédio entra só cansado vai.
Quem sou eu ! Nem sair nem entrar também
É triste as sete horas desta rua.
Vaidosas portas às sete fechadas
pondo decentemente e pura nua
a estrada onde há sóbrias fachadas.
Sem nada melhor p’ra fazer, ‘stou só,
sentado na cadeira e solidão
vejo a vida girando numa mó
onde sai só pó do meu coração.
Nesta rua tudo passa, só eu não.
Mas sou só eu a olhar e a rever nela
que eu queria estar nessa situação
de ser visto na rua pela janela.
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